
Life Coach e Master em NLP

COMO CRIAMOS AS NOSSAS EMOÇÕES?
Entenda como formamos as nossas emoções e como elas influenciam o nosso comportamento. E saiba como muda-las!
Escrito por Amélia Zawangoni, Junho de 2022
Tu não és o teu pensamento, podes controla-lo e guiar tua própria vida! (Eckhart Tolle)

Picture by Getty
No artigo sobre Porquê Procurar um Life Coach explicou-se que os life coaches trabalham com a mentalidade dos indivíduos. A nossa mentalidade, que é o conjunto de crenças e atitudes que temos, afectam a forma como pensamos, como nos sentimos e a forma como encaramos a vida no geral. Por aí, podemos perceber que a nossa mentalidade influencia o nosso estado emocional. O nosso estado emocional é influenciado mais pela forma “como pensamos” doque “o que pensamos. Assim, mudar a forma como pensamos ou interpretamos as situações da nossa vida vai consequentemente mudar o nosso estado emocional e a nossa resposta ou interação com o mundo exterior e interior (nos mesmos).
Este artigo descreve como formamos nossas emoções e como as mesmas afectam o nosso comportamento e a nossa vida. O mesmo também apresenta dois exemplos de vida real para explicar como se desencadeia todo o processo desta experiência. No final do artigo é oferecida uma técnica, Reframing/Reformulação, que podemos usar imediatamente para reinterpretar nossos pensamentos e potencialmente melhorar nossas emoções e a nossa resposta a diferentes situações. Os principais tópicos aqui apresentados são:
· Como formamos as nossas emoções?
· Como o nosso estado emocional afecta a nossa reação ou resposta?
· Estrutura da experiência, dois breves exemplos reais.
· Ferramenta: Reframing/Reformulação – como reinterpretar?
Como formamos as nossas emoções e como as mesmas afectam a nossa reacção?

De acordo com Hoobyar (2013), primeiramente recebemos um estímulo que pode vir em forma de algum evento externo, ou interno como por exemplo imagem, ou som na nossa mente. Imediatamente após o estímulo vir ao nosso cérebro, nós atribuímos um significado ou o interpretamos. A interpretação desencadeia a emoção que por sua vez desencadeia a reação. A figura 1. abaixo ilustra este processo.
Fig. 1 Estrutura da experiência

Source: Hoobyar (2013)
Sumário da estrutura da experiência:
- 1º Recebemos um estímulo, que pode ser externo ou interno;
- 2º Interpretamos ou atribuímos significado
- 3º Sentimos a emoção
- 4º Reagimos, com acção ou inação
A atribuição do significado ou interpretação que fazemos do evento é tão rápida que geralmente não nos apercebemos, e partimos da emoção para a reacção. Porém, devido a importância que a interpretação tem na forma como reagimos, é importante estar consciente da mesma de modo a “escolher” uma melhor interpretação e consequentemente reacção.
Note que a emoção pode também desencadear novos pensamentos e outras emoções. O mais importante é estar consciente de como determinado pensamento ou emoção se forma, a interpretação atribuída aos mesmos, para que possa agir de forma consciente.
Para elucidar a “estrutura da experiência,” de seguida são apresentados dois exemplos.
Estrutura da experiência - Exemplos reais
Exemplo 1: A Maria diz para o Jorge “Temos que conversar!”
1) O estímulo foi a voz da Maria ou a imagem da Maria falando
2) Interpretação - “O que foi que eu fiz desta vez?” ou “Esta senhora já estragou o meu dia” (geralmente é rápido em forma de voz interna)
3) Emoção – Indisposição ou medo
4) Reação ou comportamento - aos berros ou não “O que foi que eu fiz desta vez”
Exemplo 2: O António tem uma apresentação no serviço hoje!
1) Estímulo - imagem mental d’ele a fazer a apresentação no serviço
2) Interpretação - Não sou capaz de fazer essa apresentação
3) Emoção – Insegurança
4) Reação - Inventa uma desculpa e não apresenta; ou “mete água” na hora da apresentação.
Quando nos apercebemos que a interpretação que nós fazemos do estímulo recebido é que cria a emoção, podemos retornar aquele pensamento ou a aquela interpretação e mudar ou reinterpretar. Por outra, podemos mudar as nossas experiências de vida ou as circunstâncias das nossas vidas se mudarmos a nossa forma de pensar.
Exercício
Pense quantas outras possíveis interpretações seriam possíveis nos dois casos apresentados.
Ferramenta ou técnica - Reframing/Reformulação

Nome da ferramenta: Reformulação ou reinterpretação (Reframing)
Objectivo: Desenvolver a habilidade e flexibilidade de atribuir um novo significado ou interpretação a um dado evento ou situação e consequentemente mudar o nosso estado emocional e a nossa, isto é, reagir de forma mais consciente e habilidosa.
Apropriada para: Reclamações e mais
Pressuposto: O significado ou interpretação é maleável, em grande parte, cada um de nós, de forma individual é que determina o significado ou interpretação dos eventos nas nossas vidas. Assim, se tem uma reação negativa a uma dada situação, pode sempre voltar a mesma e reinterpretar para uma melhor reacção.
Passos para aplicação da técnica:
1º - Reclamação
2º - Pergunte-se:
O que há de positivo nesta situação?
O que mais isto pode significar?
3º - Reinterpretação da reclamação
4º - Veja se a nova interpretação da situação melhora a sua resposta a situação. Pode ter que fazer mais de uma interpretação ate encontrar uma que o/a faz sentir-se mais capacitado para responder a situação.
Exemplo real usando reinterpretação:
1º - Meu filho não para quieto! Está toda hora a fazer barulho e a movimentar-se de um lado para o outro
2º - O que há de positivo no facto d’ele não parar quieto e estar sempre em movimento?
3º - Reinterpretando: O facto de ele estar toda hora se movendo de um lado para o outro significa que:
- Ele e uma criança comum como muitas outras
- Ele tem saúde física e mental e pode mover-se e falar
4º - As novas interpretações melhoram a minha resposta porque não me deixam “nervosa” com a “inquietude” dele por me fazerem lembrar que há algo de positivo naquele comportamento
Nota:
Reformulação ou reinterpretação é mais do que ser positivo, e não tem que necessariamente ser sempre positivo. O importante é desenvolver flexibilidade na interpretação de eventos, ganhar diferentes perspectivas que nos tornam mais capacitados na resposta a situação.
Fonte: iNLP Center
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